ESTRUTURA CURRICULAR:
· Modalidade/Nível de ensino: Ensino fundamental Final – 9º ano;· Componente curricular: Língua Portuguesa;
· Tema: Análise lingüística: modos de organização dos discursos
DADOS DA AULA
O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER COM ESTA AULA:· Estudar as características da crônica e diferenciá-la do conto;
· Comparar os gêneros crônica e conto;
· Identificar semelhanças e diferenças nesses dois gêneros narrativos;
· Reconhecer os elementos básicos da estrutura narrativa presentes na crônica e no conto;
· Ouvir, ler e analisar crônicas;
· Produzir crônica.
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
Oito aulas de 55 minutos.CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
· Elementos básicos da estrutura da narrativa;· Interpretação de textos.
ESTRATÉGIAS E RECURSOS DA AULA:
· Utilização de livro didático e livros de crônicas e contos; · Leitura de crônicas realizada pela professora e pelos alunos;
· Audição de crônicas em aparelho de som;
· Pesquisas na sala de informática e na biblioteca;
· Estudo de textos (imagem e escritos);
· Brincadeira “Prancha pirata”;
· Produção de texto.
PASSOS PARA O DESENVOLVIMENTO
aLevar para sala livros de crônicas, em quantidade suficiente para o número de alunos da turma, com intuito de incentivá-los a iniciar a leitura na escola e levar o livro para continuar em casa. Tais livros podem ser buscados na biblioteca. Sugerimos a coleção da série “Para Gostar de Ler”. É importante que o livro contenha várias crônicas, assim o aluno terá mais opções de leitura e maior possibilidade de envolver-se.aIniciar a aula lendo para os alunos a crônica “A velha contrabandista”, de Stanislaw Ponte Preta. A narrativa curta e humorística desperta o interesse.
Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega - tudo malandro velho - começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
aDisponibilizar os livros de crônica para os alunos lerem algumas em sala e incentivá-los a levar para ler mais em casa e no decorrer dos dias trocar os livros.
aPropor uma charge de Angeli para ser debatida.
aEstudar a notícia de jornal “Gabarito seria transmitido por mensagens de texto” (Folha de S. Paulo. 30 jan. 2006. Cotidiano) e da crônica “Torpedos”, de Moacyr Scliar (Folha de S. Paulo. 20 fev. 2006).
Levar os alunos a perceberem que um é fato verdadeiro, noticiado em jornal, e o outro, também publicado em um jornal, é ficcional, mas com base em um fato real, do cotidiano. aDiscutir sobre a relação entre o jornalismo e a literatura, usando o livro didático “Português: A arte da palavra. 9º ano. Editora: AJS”.
aRealizar momento de leitura, em alguns momentos na biblioteca escolar e em outros a partir da troca de livros entre os alunos, que deverão fazer um breve comentário sobre o que leu, para que os colegas se interessem e também busquem ler.
aEstudar o texto “O nascimento da crônica”, de Machado de Assis.
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ntc_l.php?t=044aRealizar brincadeira “Prancha pirata”. Esta é a apenas a primeira etapa da brincadeira, que está dividida em três.
· Material: Uma ripa (com aproximadamente 4 metros de comprimento), um livro e um cronômetro.· Desenvolvimento: A ripa será usada como a prancha pirata. Conforme a idade da turma, pode ser escolhida uma ripa que manque ou colocar uma tampinha metálica de garrafa com intuito de possibilitar que a prancha balance para os lados, aumentando, assim, o grau de dificuldade da prova. Fazer uma marca na prancha (a um metro do início), onde será deixado o livro. Para escolha do livro deve-se levar em consideração o gênero textual trabalhado com a turma, por exemplo, narrativas de aventura, crônicas o poemas, em nosso caso, devemos usar livro de crônicas. Dividir a turma em dois grupos. Cada participante deve iniciar o trajeto, pegar o livro, percorrer até o fim, voltar e deixá-lo no local marcado. Aquele que cair da prancha, apoiar-se com as mãos na prancha ou apoiar-se no chão, deverá reiniciar o trajeto. Vence o grupo que fizer o trajeto totalizando menor tempo, mas também devem ser destacados os progressos relacionados à psicomotricidade e ao trabalho em equipe.
· Objetivo: Desenvolver habilidades psicomotoras, cooperação e contato com o livro.
aConvidar um aluno para ler “A última crônica”, de Fernando Sabino. Em seguida, ouví-la no CD das Olimpíadas de Português, disponibilizado pelo MEC. Explorar o título e questionamentos.
aDiscutir acerca da cronologia da crônica, usando o livro didático “Português: A arte da palavra. 9º ano. Editora: AJS”.
aRealizar brincadeira “Prancha pirata – em grupo”.
O que diferencia esta etapa da brincadeira é: Dividir a turma em dois grupos. Todos os componentes do grupo deverão passar pela prancha de mãos dadas. O primeiro da fila pega o livro e os demais o acompanham até todos saírem da prancha. Em seguida, passa o livro para o componente que saiu por último da prancha, pois esse será o primeiro a percorrer o trajeto de volta. Quando ele chegar à marca, deixará o livro e todos os componentes do grupo deverão passar sem pisar o livro. Caso algum componente caia da prancha, apóie-se com as mãos na prancha, apóie-se no chão ou pise o livro, todo o grupo deverá reiniciar o trajeto. Vence o grupo que fizer o trajeto em menor tempo, mas também devem ser destacados os progressos relacionados à psicomotricidade e ao trabalho em equipe.aEstudar o texto “A minha glória literária”, de Rubem Braga.
aPesquisar, em grupo e acompanhados pelo professor, sobre as características da crônica (usar a internet e, se possível, a biblioteca). Deixar que os grupos escolham os artigos a serem lidos na internet, contudo instigar a buscarem mais informações, principalmente quando o artigo tiver pouca informação. Sugerir um sobre a crônica e conto. Os alunos foram convidados a visitarem blogs e a observarem crônicas, atividade extraclasse.
aProduzir o primeiro parágrafo de uma crônica.
aRealizar brincadeira “Prancha pirata – lendo”
A atividade consiste na terceira etapa da Prancha pirata. Dividir a turma em dois grupos. O primeiro participante do grupo pegará o livro e iniciará a leitura do texto selecionado. Os demais prosseguirão de onde o anterior tiver parado, sendo que apenas o último deverá deixar o livro na prancha, pois ao passar o livro para o colega terão de indicar onde pararam a leitura. Pegar o livro ao iniciar o trajeto e iniciar/continuar a leitura. Em seguida, percorrer a prancha até o fim, voltar e entregar o livro para o colega. Aquele que cair da prancha, apoiar-se com as mãos na prancha ou apoiar-se no chão, deverá reiniciar o trajeto. O grupo adversário deverá comentar o que foi lido, caso não consiga, o grupo que fez o trajeto comenta e recebe a pontuação. Vence o grupo que totalizar maior pontuação, contará tanto o trajeto em menor tempo, quanto o comentário do texto lido. Também devem ser destacados os progressos relacionados à psicomotricidade e ao trabalho em equipe, portanto, acrescentar-se-á uma bonificação referente a tal aspecto.aEstudar parte do texto “O homem nu”, de Fernando Sabino (introdução e desenvolvimento).
aProduzir uma continuação para o texto. Após leitura das produções, apresentar o final produzido por Fernando Sabino e fazer comparação.
aRealizar momento de leitura.
aRetomar as características da crônica e debater com base nas pesquisas e nos estudos realizados em sala.
aRealizar pesquisa sobre as características da crônica e do conto. Sugerir, também, a leitura do texto “A crônica e o conto”, disponibilizado no blogprofessoraalessandra.blogspot.com.
http://blogprofessoraalessandra.blogspot.com/2011/06/cronica-e-o-conto.htmlaRealizar momento de leitura, incluindo contos e comparando-os com as crônicas lidas, de forma a abordar semelhanças e diferenças.
aProduzir crônicas. Quando necessário, reescrevê-las a partir das orientações do professor.
aApresentar as crônicas para a turma e expô-las na escola.
Nenhum comentário:
Postar um comentário